Deixas-me o coração aos pulos*

E mais um mês para juntar aos 14 meses que nos unem. Mais um mês, e para nós nem parece que passou tanto tempo. Nem parece que fomos vivendo tanto tempo ao lado um do outro. Sorrisos, abraços, ternura, carinho, saudade, ansiedade... Tudo isto nos diz tanto, amor. Nunca conheci ninguém que me dissesse que eu falava com os olhos. Nunca conheci ninguém para quem não pudesse olhar com medo que descobrisse que eu estava triste ou demasiado contente. Tu consegues entender o que sinto e porque sinto sem sequer me perguntares o que se passa. Basta olhares para mim. Eu lembro-me do dia em que estava sentada com as lágrimas totalmente suspensas nos meus olhos já a ofuscarem-me a vista. Estava já a sufocar, nem falar conseguia. E tu, chegaste por trás de mim e puseste-me a mão no ombro. Eu levantei-me e abracei-me a ti de tal forma, como se não quisesse largar-te nunca. De novo, eu podia sentir-te comigo, mesmo quando chorava. Abraçaste-me e não me largaste até eu deixar de soluçar de nervosismo e tristeza. Soubeste dizer-me "calma linda, não chores". E eu adorei. Sabes ouvir-me, sabes confortar-me, sabes fazer de mim a pessoa mais importante quando penso que não tenho importância nenhuma. Ensinaste-me a ser forte e a não deixar que me deitem abaixo. Ensinaste-me a não ter medo de chorar. Ensinaste-me a amar. Mostraste-me o que é esse verbo tão conhecido e, simultaneamente, desconhecido. Ensinaste-me a ser tua! Ensinaste-me a ser eu! E quando já não posso estar mais apaixonada por ti, sabes aparecer à minha beira, na frescura da noite, com dois copos de champagne e dizer, "pega, vamos brindar". De seguida, bebemos com os copos entrelaçados um no outro. E seguiu-se um beijo e um abraço. E o carinho e a ternura voltaram a dizer-me que ainda estão comigo. Eles e tu. E digo-te, pode ter sido a coisa mais simples e nada original do mundo, mas foi mais uma coisa que significou muito para mim. E eu digo, com tudo o que a expressão significa, "eu gosto muito de ti, meu amor"