E eu adoro-te por isto*

Normalmente o nosso ídolo é o nosso pai, raramente a mãe. É o pai o mais forte, é o pai o mais protetor, é o pai sempre! É o pai que apoia, mas faz uma cara estranha ao namorado. É o pai que nos sabe dar um abraço e um sermão quase ao mesmo tempo. É o pai para nos autorizar a irmos aqui ou ali. É o pai para tudo. É pai, é normal! Mas o meu ídolo não é o meu pai. Não posso seguir exemplo nenhum que venha desse lado, não posso sequer chamar pai a quem nunca quis saber de mim. Mas posso chamar irmão à pessoa mais fantástica que eu conheço. Posso chamar irmão a quem me protege incondicionalmente e me sabe dar um abraço apertado quando tenho as lágrimas a correrem-me pelo rosto de uma forma incontrolável. Posso chamar irmão à pessoa que me repreende porque eu fiz ou não o que deveria (não) ter feito, mas que, simultaneamente, sabe compreender-me e apoiar-me mesmo quando a razão não está toda do meu lado. Posso chamar irmão à pessoa que me ajuda nos mais variados assuntos e se prejudica, ás vezes, para que eu é que fique bem em vez dele. Posso dizer que tenho, sem dúvida, o maior irmão do Mundo. Posso dizer-te, és o meu orgulho. Conseguiste ser o pai protetor e o irmão que brinca, ao mesmo tempo. Conseguiste fazer a cara estranha ao meu namorado quando o viste pela primeira vez. Conseguiste afirmar só com o teu olhar, "ela é minha irmã, livra-te de a magoares". Consegues proteger-me quando até tu estás fraco como eu e te apetece chorar. Tu consegues, como nunca conseguiu quem o deveria ter feito!