Beijinhos, até qualquer dia

Pois é, chegamos a uma altura em que a paciência acaba e a vontade de desistir começa a dar sinais de vida. Chega a uma altura em que o cansaço de lutar começa a fazer-se sentir e as forças escasseiam. E essa altura chegou para mim. Não consigo avisar e avisar e ver-te a cometer os mesmos erros. Não consigo cuidar de ti como se fosses meu e todos os dias te ver cair na mesma asneira. A vida é curta, o tempo passa, e eu canso-me. A paciência esgota-se e o amor torna-se um fracasso. O meu carinho e a preocupação atingem o limite e apenas param. A minha vontade de fazer algo por ti e proteger-te acaba. Tu não me ouves. Tu pensas que vou estar sempre aqui de braços abertos à espera que voltes a desiludir-me. Desculpa! Desculpa, mas não vou. A partir de agora e desde há muito, eu tenho uma vida, tu tens outra. E queres estragá-la? Força, mas ficas sozinho. Queres que te apoie? Queres que nunca te abandone? Ouve-me! Pensa. Reflete e vê o que andas a fazer. Porra, eu adoro-te! E é por isso que me chateias tanto e tantas vezes. Mas a partir do momento em que ficares simplesmente indiferente para mim, esquece. Esquece os momentos, os pensamentos, as brincadeiras, os receios, esquece! Desisto de proteger quem não quer ser protegido.