Hoje é dia de ouvir todas as músicas da playlist que criaste para nós e retirar de cada uma aquilo que nos une e que descreve o que passamos até hoje. O Rei Leão lembra-me as brincadeiras. Outras músicas retratam o desejo e outras simplesmente ilustram este amor ridículo que se atravessa por aqui. Sim, ridículo. Amor que é amor, é ridículo. Cada palavra me lembra o tempo que passamos a refletir nela deitados no escuro e abraçados debaixo dos lençóis. Defeito meu ou virtude não sei, é gravar os momentos que marcam o coração e a mente. Confesso que o "armazém" já se encontra cheio de recordações e memórias tuas. Falo das boas. As más, pouquinhas, eu deixo-as ir com o vento. O resto compensa. Para quê pensar no mau se todos temos defeitos? Olho para trás e penso no único segundo em que deixei de ter o teu nome gravado na minha mente. Não existiu. Não existiu sequer um segundo em que desleixei o que sentia por ti. Nunca pensei ser possível gostar assim desta maneira avassaladora que nos leva a deixar de respirar só de pensar na quantidade de espaço que abrange este sentimento. Passam os dias e acumula-se a vontade de ficar contigo, não digo para sempre porque não adivinho o futuro, mas o mais tempo possível. Fico com a garganta presa ao escrever para ti. Os dedos vão escrevendo o que o coração pensa e no fim quando leio eu vejo que ainda não consegui descrever aquilo que realmente sinto. Ficava o dia todo a falar daquilo que me une a ti, mas ias queixar-te da lamechice. Assim divido a dose por dias e volto cá noutro instante. Deixo aqui a marca daquilo que TU próprio já marcaste em mim. Boa noite bebé.