terça-feira, 26 de maio de 2015

Sei bem mergulhar nas páginas do livro rasurado que é a minha vida e ver quem tenho. Ver-te ser bem sucedido e sentir o coração inundado de orgulho. Continuar a querer ser a mais pequena para que possas proteger sempre a irmã mais nova. Ser a chata que todos os dias no fim do jantar teima em sentar-se no sofá encostada a ti. Sim, é bom continuar a ser criança quando se trata de mimos e carinhos. E eu sou. Sou a pessoa mais mimalha do mundo e tenho um irmão que me alimenta estas criancices. Mas afinal, adultos também querem mimos, também gostam de brincadeiras. E eu não me sinto adulta. Sinto-me uma criança que anda a viver no lugar de um adulto e que tão cedo teve de se tornar adulta. O tamanho pequenino e as brincadeiras com nenucos passaram rápido aos dramas que a mãe e o pai não sabiam resolver sozinhos. E nós fomos ficando por detrás e resolvendo os problemas deles que nos tornaram adultos. E por isso, agora somos os dois juntos nas criancices e nos assuntos sérios. E agradeço muito a todas as atitudes crianças da mãe e do pai. Atitudes que nos levaram a formar uma corda forte entre nós que ninguém rompe. E espero que seja sempre assim, um protege o outro. 

Sempre. Sem excepção.
 

2 comentários:

Mariana Santos disse...

Pessoas que por mais que o tempo passe serão sempre nossas e seremos sempre delas. Há laços inquebráveis, lindos como este.

Um beijinho enorme,
Que esse outro menino regresse de novo à tua vida!!

Ki disse...

Espero que nunca mude! E há sempre algo bom no que acontece de mau... aqui está um exemplo disso! :)